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Chelsea, o improvável e incontestável campeão do mundo.

Era para ser o dia do Paris Saint-Germain. Era 13 de julho de 2025, 16h no MetLife Stadium, nos Estados Unidos. A expectativa global era clara: o poderoso PSG, campeão europeu e recheado de estrelas, estava a 90 minutos de se consagrar o melhor time do planeta. Mas o futebol, esse velho conhecido dos enredos improváveis, mais uma vez subverteu a lógica.

E no fim, foi o Chelsea. Com autoridade, inteligência e uma atuação irrepreensível, o time inglês atropelou os franceses por 3 a 0 e levantou a primeira taça da nova versão do Mundial de Clubes da FIFA. Diante de mais de 81 mil torcedores, a equipe que começou o torneio desacreditada terminou no topo do mundo.

O Chelsea não era o favorito. Perdeu para o Flamengo na fase de grupos e chegou ao mata-mata sob desconfiança. Mas bastou o jogo começar para que o enredo mudasse de vez. Eliminou o Benfica, depois o Palmeiras, passou pelo Fluminense e, na final, não deu chances ao todo-poderoso PSG.

Foi uma vitória que não deixou dúvidas. Três gols, dois de Cole Palmer, um de João Pedro, construídos com frieza, contra-ataques letais e domínio tático absoluto. Não houve espaço para vacilos. O time francês, que havia sofrido apenas um gol nos últimos seis jogos, levou três em apenas 45 minutos. E ainda ouviu o tradicional “olé” ecoar das arquibancadas, aos 10 do segundo tempo.

Cole Palmer foi brilhante. Canhoto, técnico e inteligente, fez dois gols de rara precisão. Rasteiros, no mesmo canto, em finalizações que não precisaram de força, só de direção. Foi dele também o passe que lançou João Pedro para fechar o placar com um toque de categoria, por cima do gigante Donnarumma.

João Pedro, aliás, foi um capítulo à parte. Revelado pelo Fluminense, precisou de apenas dois jogos para se tornar protagonista do Mundial. Seu desempenho encantou até Carlo Ancelotti, que acompanhava a final in loco e já cogita convocá-lo para a Seleção Brasileira nos próximos amistosos.

O PSG, mesmo empilhando títulos na temporada, Supercopa, Campeonato Francês, Copa da França e a inédita Champions League, não conseguiu reagir. Luis Enrique tentou de tudo, rodou o banco, mudou esquema, mas o Chelsea era um muro intransponível.

Na frustração do apito final, restou o descontrole. O técnico espanhol se irritou, discutiu com João Pedro e Donnarumma, e ainda deu um tapa no atacante brasileiro. A expulsão de João Neves, por puxar os cabelos de Cucurella, coroou a noite turbulenta dos franceses.

O Chelsea, que já havia perdido o Mundial em 2012, agora escreve um novo capítulo: é o primeiro campeão da era estendida do torneio, com 32 clubes e novo formato da FIFA. Para Enzo Maresca, treinador italiano cobrado ao longo da temporada após investimentos milionários, o título é redenção, e também resposta.

Porque no futebol, nem sempre vence quem tem mais estrelas. Mas quase sempre vence quem tem mais alma.

E o Chelsea, neste Mundial, jogou com alma de campeão.

Foto: DAZN / FIFA / Chelsea FC

Redação Cultura FM / Hudson Alves




14/07/2025 – Cultura FM

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