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STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro por risco de fuga

Tentativa de violar tornozeleira e convocação de manifestação aceleraram decisão da Corte

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, determinada no sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente foi detido após tentar violar a tornozeleira eletrônica e, em paralelo, pela convocação de uma manifestação feita por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, em frente ao condomínio onde o pai cumpria prisão domiciliar. Para Moraes, os dois episódios indicaram risco real de fuga. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o voto do relator no julgamento realizado em plenário virtual.

Risco de fuga e investigações paralelas

A Polícia Federal informou ao Supremo que encontrou indícios concretos de uma possível tentativa de fuga, incluindo um documento intitulado “Carta Jair Messias Bolsonaro.docx”, com pedido de asilo ao presidente da Argentina, Javier Milei, além da proximidade da casa do ex-presidente com embaixadas alinhadas à direita, como Hungria e EUA. Moraes também citou fugas anteriores de aliados, como Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Alexandre Ramagem. Bolsonaro já havia sido condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado e cumpria prisão domiciliar desde agosto por descumprir medidas impostas pelo STF, como uso de redes sociais.

Durante audiência de custódia, Bolsonaro afirmou que tentou violar a tornozeleira por estar sob “paranoia” causada por medicamentos, alegando ter acreditado que havia uma escuta dentro do equipamento. A defesa nega risco de fuga e pediu substituição da prisão por medida humanitária, alegando quadro de confusão mental. Moraes autorizou visitas de familiares e liberou acesso dos médicos sem necessidade de aviso prévio.

Redação | Veronica Moser Ewald

Foto:  Lula Marques/Agência Brasil




24/11/2025 – Cultura FM

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