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Bromélia da Amazônia pode ser alternativa ao plástico do petróleo

Pesquisas com o curauá (Ananás erectifoliu), uma espécie de bromélia nativa da Amazônia, estão revelando seu alto potencial como alternativa sustentável ao plástico de origem petroquímica. O estudo, desenvolvido no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus, já está em fase de implantação com um projeto-piloto envolvendo produtores da agricultura familiar.

Por meio de um acordo de cooperação, o CBA fornece mudas, capacita os produtores para o plantio e produção da fibra, e conecta com uma empresa para a produção do bioplástico. O curauá, adaptado às características de clima e solo da região, é uma excelente opção de manejo sustentável, pois se desenvolve bem em áreas sombreadas e com outras espécies.

O plantio do curauá não exige fogo ou derrubada, podendo ser realizado em qualquer época do ano, facilitando sua integração em sistemas agroflorestais. A sustentabilidade do curauá também atrai a indústria, que busca substituir o polietileno petroquímico, a fibra de vidro e outras fibras naturais como a malva e a juta.

“O curauá é uma espécie nativa da Amazônia com grande interesse comercial. Sua fibra possui a maior resistência mecânica entre as opções naturais”, afirmou Caio Perecin, diretor de Operações do CBA. O beneficiamento da bromélia é simples e pode ser feito pelo próprio produtor com equipamentos adaptados para a fibra do curauá.

As mudas geradas em laboratório são do curauá branco, que tem maior produtividade em relação ao curauá roxo. Após o plantio, a primeira colheita ocorre entre o 10º e 12º mês, e a partir do segundo ano, são possíveis de três a quatro colheitas anuais.

Embora o mercado de curauá ainda não esteja consolidado na região, vários setores industriais já demonstraram interesse em adquirir a produção, garantindo um futuro promissor para essa alternativa sustentável.

Via Agência Brasil




15/07/2024 – Cultura FM

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