Um levantamento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) revelou que a cobertura vacinal contra a poliomielite no estado está preocupantemente abaixo de 50%. Durante a última campanha, apenas 43,43% das crianças entre um e quatro anos foram imunizadas, um índice muito inferior aos 95% recomendados pelos órgãos de saúde.
Diante dessa situação alarmante, o Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública do MPSC desenvolveu estudos e materiais de apoio para auxiliar as Promotorias de Justiça na investigação de possíveis ineficiências ou omissões por parte dos municípios em relação à conscientização e divulgação da importância da vacinação.
A poliomielite é uma doença viral altamente contagiosa entre crianças de até cinco anos, podendo causar paralisia infantil nos membros superiores e inferiores. Graças à vacinação em massa nas décadas de 1980 e 1990, a doença foi erradicada no Brasil há 30 anos. No entanto, a baixa adesão às campanhas de vacinação recentes está gerando preocupação quanto a um possível retorno da doença.
Dados da Campanha de Vacinação
Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública do MPSC, Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins, dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) indicam que, entre 27 de maio e 14 de junho, foram aplicadas 15.264 vacinas injetáveis contra a poliomielite (VIP) para crianças menores de um ano. Além disso, 168.633 vacinas orais contra a poliomielite (VOP) foram administradas em crianças de um a quatro anos. No entanto, a cobertura vacinal alcançada para a VOP foi de apenas 43,43%, muito abaixo da meta de 95%.
Preocupação com o Retorno da Poliomielite
A baixa cobertura vacinal contra a poliomielite é motivo de grande preocupação, pois coloca em risco os esforços de erradicação da doença no Brasil. A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção e controle da poliomielite, e é essencial que os índices de imunização sejam aumentados para evitar o ressurgimento dessa doença grave.