O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela confirmou nesta quinta-feira (22) a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos, apesar da ausência de divulgação das atas eleitorais. A decisão ocorre quase um mês após o pleito de 28 de julho e em meio a uma série de denúncias de fraude eleitoral.
A Suprema Corte também apoiou a alegação do governo de que o sistema eleitoral foi alvo de um ataque hacker, considerando o incidente como “evidente”. Além disso, o TSJ requisitou sanções contra o candidato oposicionista Edmundo González Urrutia por “desrespeito” ao tribunal, após críticas públicas à sua decisão.
A ONU já havia criticado a falta de independência e imparcialidade do TSJ e do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que ratificou a vitória de Maduro. A violência e os protestos após o anúncio da reeleição resultaram na morte de pelo menos 27 pessoas. Segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, as mortes não são imputáveis às forças de segurança venezuelanas.