O ex-prefeito de Rodeio, Paulinho Weiss, foi condenado por sua participação em um esquema de fraude em licitações que teria ocorrido entre 2010 e 2015. A denúncia, apresentada pelo Ministério Público (MP), acusa Weiss e outros agentes públicos de aceitarem propina em troca de favorecimento em licitações.
De acordo com a investigação, a empresa Mantomac sediada em Santa Catarina oferecia subornos para que prefeitos e outros agentes públicos comprassem seus equipamentos. O esquema envolvia a compra de máquinas pesadas, peças e serviços de manutenção. Ao todo, 35 ex-prefeitos, três ex-vice-prefeitos e quatro ex-secretários foram denunciados, além de donos, funcionários e sócios da empresa envolvida.
Os donos da empresa, que fizeram acordo de delação premiada, revelaram detalhes do esquema ao MP. Conforme a denúncia, vendedores e gerentes da empresa visitavam as prefeituras com catálogos de produtos e negociavam o pagamento de propina para garantir a conclusão dos negócios. Os editais lançados pelas prefeituras eram então direcionados à empresa, com especificações técnicas que favoreciam seus produtos.
O esquema foi descoberto quando os pagamentos de propina foram identificados nos documentos contábeis da empresa, registrados sob o código “Frete 3”. As denúncias começaram a ser enviadas à Justiça em março de 2024, e o caso foi tornado público pelo MP em abril deste ano. Os crimes investigados incluem organização criminosa, corrupção passiva e ativa, e fraude em licitação.
O caso de Paulinho Weiss destaca-se entre os demais devido à sua posição como ex-prefeito de Rodeio, uma das cidades envolvidas no esquema. Ele teve à pena privativa de liberdade de 2 (dois) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida
inicialmente em regime aberto, por infração ao artigo 1º, I, do Decreto-Lei n. 201/67, na
forma dos artigos 29, 30 e 69 do Código Penal. E também inabilitação para o exercício de função pública, eletivo ou de nomeação, pelo prazo de 5 anos.