O aguardado júri popular que decidirá o desfecho do trágico caso ocorrido em abril de 2022, envolvendo a morte de Luna Bonett Gonçalves, uma criança de apenas 11 anos, foi abruptamente interrompido na manhã desta quinta-feira (16) em Timbó. O julgamento dos acusados, mãe e padrasto da vítima, teve início por volta das 10h30 no Fórum da Comarca da cidade.
Minutos após o início do processo, o Juiz Ubaldo Ricardo da Silva Neto viu-se obrigado a suspender a sessão. A causa foi uma publicação feita nas redes sociais em abril de 2022, apenas dois dias após o falecimento de Luna, por uma das juradas. Conforme alegado pelo magistrado, a postagem levanta preocupações sobre a imparcialidade do julgamento. O problema foi trazido à luz pelo advogado de defesa do padrasto, Marcelo Geiser Duran. A jurada em questão foi substituída, e o julgamento foi retomado em Timbó.
Atualmente, o padrasto está sendo julgado, enquanto a mãe de Luna enfrentará o Tribunal do Júri em seguida. Ambos os réus enfrentam acusações graves, incluindo homicídio qualificado por motivo torpe e motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio, tortura, cárcere privado, estupro de vulnerável e fraude processual.
Além dos interrogatórios dos réus, testemunhas de defesa serão chamadas para depor. A assessoria do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou que a acusação não apresentará testemunhas durante o decorrer do julgamento.