A mãe e o padrasto da menina Isabelle de Freitas, de apenas 3 anos, acusados de assassiná-la no dia 4 de março deste ano, serão julgados pelo Tribunal do Júri, conforme decisão judicial proferida no último dia 15. A dupla responde por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime, segundo denúncia apresentada pela 2ª Promotoria de Justiça de Indaial.
De acordo com o Ministério Público, o crime ocorreu na residência onde a família morava, no bairro Rio Morto, em Indaial, por volta das 11 horas daquele dia. A acusação afirma que a mãe e o padrasto reagiram com violência após a menina se recusar a comer, iniciando uma série de agressões que resultaram em golpes severos por todo o corpo da criança, especialmente na cabeça. O laudo pericial apontou que a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico.
Poucas horas após o assassinato, o casal teria transportado o corpo da menina em uma mala e o enterrado em uma cova rasa em uma área de mata fechada, no bairro João Paulo II, também em Indaial. A intenção seria ocultar o cadáver e dificultar a descoberta do crime.
Ainda no mesmo dia, a mãe e o padrasto notificaram falsamente o desaparecimento da criança à Polícia Militar, alegando que a menina havia sumido enquanto estava em casa. Foram registradas buscas na região, mas sem sucesso. No entanto, durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que o desaparecimento era uma farsa criada pelo casal para encobrir o assassinato.
A prisão preventiva dos acusados foi decretada dois dias após o crime, com o parecer favorável da 2ª Promotoria de Justiça. Na mesma data, o Ministério Público solicitou medidas protetivas ao irmão da vítima.
A denúncia formal contra os réus foi apresentada em 10 de abril, e a Justiça decidiu que o caso será julgado pelo Tribunal do Júri, com as acusações de crime contra a vida sendo consideradas admissíveis. A decisão ainda cabe recurso, mas a prisão preventiva do casal foi mantida. O julgamento será uma oportunidade para que os detalhes desse caso brutal sejam trazidos à tona e a Justiça seja feita.