A maratonista olímpica ugandesa Rebecca Cheptegei, de 33 anos, morreu nesta quinta-feira (5) após ser brutalmente atacada pelo ex-companheiro. A atleta chegou a ser internada no Hospital de Ensino e Referência Moi, em Eldoret, no Quênia, mas não resistiu às queimaduras, que cobriram 80% do seu corpo. Segundo o hospital, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

O ataque ocorreu no último domingo (1º), quando Rebecca retornava da igreja. Durante uma discussão relacionada à disputa por um terreno, o ex-companheiro jogou gasolina sobre ela e ateou fogo. Ele também sofreu queimaduras, mas está internado em estado estável.

Rebecca, mãe de dois filhos, era uma das principais maratonistas da Uganda. Recentemente, participou das Olimpíadas de Paris, onde ficou em 44º lugar na maratona feminina. Em 2022, conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Corrida de Montanha e Trilha, na Tailândia.

A Federação de Atletismo de Uganda lamentou a morte da atleta nas redes sociais, condenando os atos de violência doméstica promovidos pelo ex-companheiro. “Estamos profundamente tristes em anunciar o falecimento de nossa atleta, Rebecca Cheptegei, no início desta manhã, que tragicamente foi vítima de violência doméstica. Como federação, condenamos tais atos e pedimos justiça. Que sua alma descanse em paz“, escreveu na publicação.

O caso de Rebecca é mais um exemplo de violência doméstica que afeta atletas na região. Em 2021, a ex-recordista mundial Agnes Tirop foi assassinada a facadas por seu companheiro, e, em 2022, a corredora queniana Damaris Mutua foi encontrada morta após ser estrangulada.