O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu uma investigação para apurar uma denúncia de agressão em uma escola estadual de Biguaçu, na Grande Florianópolis. Duas alunas, de 6 e 7 anos, tiveram suas bocas tapadas com fita adesiva por uma professora auxiliar, supostamente por “falarem demais” durante a aula. O caso gerou indignação entre os familiares das crianças e está sendo tratado com urgência pelas autoridades.
A denúncia foi feita pelos pais das meninas, que são primas e relataram o ocorrido após a aula. O pai de uma delas, Mario Junior, utilizou as redes sociais para expressar sua revolta, afirmando que as crianças passaram uma aula inteira com a fita na boca, na última segunda-feira (19). “A professora se sentiu no direito de colocar uma fita na boca dela e de outra criança, alegando que elas não paravam de falar”, escreveu o pai.
A mãe de uma das meninas, Maria Vitória Cunha, disse que tomou conhecimento do caso por meio de uma vizinha e, ao questionar a filha, teve a confirmação do ocorrido. Segundo Maria, outros colegas de classe também confirmaram a história. A professora, ao ser questionada, alegou que a atitude fazia parte de uma “brincadeira do silêncio”.
Um boletim de ocorrência foi registrado por uma das mães, e a Polícia Civil já solicitou informações preliminares à unidade escolar. A Secretaria de Estado da Educação (SED) informou que a profissional será afastada de suas funções enquanto o caso é investigado. O Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) está acompanhando as alunas envolvidas.
O MPSC, através da 4ª Promotoria de Justiça de Biguaçu, está conduzindo a investigação em sigilo. Até o momento, a escola não se pronunciou sobre o incidente, e a Polícia Civil continua coletando informações para dar prosseguimento à apuração dos fatos.