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Nova Onda de Covid, subvariante BQ.1 da ômicron já circula no Brasil

Uma nova onda da pandemia de covid-19, que vem junto a duas novas subvariantes da ômicron (BQ.1 e XBB), passa por países da Europa, pela China, pelos Estados Unidos e começa a despontar no Brasil. 

O Rio de Janeiro já confirmou a circulação da ômicron BQ.1, assim como o Rio Grande do Sul.

O Estado de Pernambuco observa, nos últimos dias, um aumento na positividade para a covid-19 e na procura por testes que detectam a doença, mas ainda não se detectou a BQ.1 em território pernambucano. 

O Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Milton Bezerra Sobral (Lacen-PE), que realiza testes de RT-PCR das amostras enviadas pelos hospitais de referência, unidades sentinela e também de exames aleatórios dos centros de testagem, já enviou ao Instituto Aggeu Magalhães (unidade da Fiocruz Pernambuco) amostras biológicas de pacientes que tiveram a covid-19 nos últimos dias. 

Segundo infectologista Marcos Caseiro, é nítido o aumento de casos. Uso de máscaras em ambientes fechados e cuidados seguem recomendados com proximidade das festas de fim de ano

SUBVARIANTE ÔMICRON BQ.1

Para o biomédico Marcelo Paiva, pesquisador da Fiocruz Pernambuco, o aumento recente no número de casos da covid-19, no Estado, pode estar relacionado à circulação da BQ.1, assim como tem ocorrido em outras localidades no mundo.

“Essa é uma hipótese muito plausível. Já vimos como essa história (ondas da pandemia) é contada. Há um padrão de ocorrência dos casos lá fora (no exterior) e, em seguida, o vírus começa a se propagar. Agora, há um protagonismo da BQ.1”, diz Marcelo, responsável pelo sequenciamento genético de amostras biológicas de pacientes infectados pelo coronavírus na Fiocruz Pernambuco. 

“A circulação da BQ.1 é o que mais responderia a este aumento repentino no número de casos de covid-19. E isso não está registro a Pernambuco. Acontece em várias outras regiões”, acrescenta Marcelo. 

Alguns especialistas acreditam que a transmissibilidade da BQ.1, assim como da XBB, tende a ser maior do que a de outras variantes em circulação já no Brasil. Mas ainda é cedo para bater o martelo sobre esse potencial de transmissão das duas novas subvariantes. 

“Entre os motivos que contribuem para o aumento no número de casos de covid-19, estão os bolsões da população de não vacinados, a baixa cobertura das doses de reforço em alguns grupos populacionais, o período curto de proteção das vacinas que usamos hoje, a retomada da flexibilização das medidas preventivas e as grandes mobilizações que foram realizadas no período de campanha eleitoral”, diz a médica epidemiologista Ana Brito, da Fiocruz Pernambuco.

Ela ressalta a necessidade de se trabalhar atualmente com vacinas para além da cepa original do coronavírus, a de Wuhan (na China), já que o vírus passou por várias mutações, o que exige maior proteção contra a ômicron e as novas subvariantes. “Os testes dessas vacinas já estão em desenvolvimento.”

Ao Estadão Conteúdo, o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise da Covid-19, informou que as vacinas bivalentes da Pfizer têm a BA.1, a BA.4 e a BA.5 como alvo. “Por isso, elas poderiam, em tese, ajudar na prevenção contra a BQ.1, mas não temos nenhuma movimentação até o momento no Brasil para aplicação dessas vacinas.”

SINTOMAS DA ÔMICRON BQ.1

Para a maioria dos pacientes, a manifestação dos sintomas se dá de forma semelhante a outras variantes. Entre os sintomas da subvariante BQ.1, estão dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.

 




08/11/2022 – Cultura FM

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