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📰 Redação Cultura FM | Hudson Alves
A operação “Fake Monster”, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, conseguiu impedir um ataque planejado durante o show de Lady Gaga, realizado no último sábado (3), em Copacabana, Rio de Janeiro. O esquema envolvia um plano de ataque com explosivos improvisados, como coquetéis molotov, e foi desmantelado em uma ação que mobilizou vários estados.
Prisão e liberação de suspeito no Rio Grande do Sul
Um homem, apontado como líder do grupo responsável pela trama, foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul, acusado de porte ilegal de arma de fogo. No entanto, após ser autuado, ele pagou fiança e foi liberado. A prisão aconteceu durante um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela polícia na região de Novo Hamburgo e São Sebastião do Caí, no interior do estado.
O Alvo: Show de Lady Gaga
O ataque planejado tinha como alvo o show da cantora pop Lady Gaga, realizado na praia de Copacabana. Segundo informações apuradas pela Polícia Civil, o grupo extremista envolvido recrutava, inclusive, menores de idade para participar de ataques coordenados, utilizando explosivos e outros artefatos. O objetivo era promover um “desafio coletivo”, buscando reconhecimento nas redes sociais.
A apreensão de dispositivos e material de investigação
Durante as diligências, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos e materiais que serão analisados para dar continuidade às investigações. Os suspeitos, conforme os investigadores, usavam plataformas digitais para disseminar conteúdos violentos, inclusive de ódio e pornografia infantil, buscando radicalizar um número crescente de jovens. A estratégia do grupo era recrutar adolescentes para ações criminosas e para a propagação de comportamentos de risco.
Colaboração entre estados e órgãos de segurança
A operação contou com o apoio de diversas forças policiais, como a Delegacia de São Sebastião do Caí, a Delegacia de Polícia Regional o Interior (1ª DPRI) de Montenegro e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), entre outros. Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes estados, como Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Rio de Janeiro.
Além da prisão do homem no Rio Grande do Sul, um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro, também por envolvimento com o grupo criminoso e por armazenar conteúdo de pornografia infantil.
Radicalização e crimes online
A Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil identificou, por meio de investigações, o crescente envolvimento de adolescentes em atividades criminosas online. A radicalização digital, apoiada por plataformas de redes sociais, foi um fator-chave que permitiu ao grupo espalhar ideologias extremistas e incitar a violência, transformando o “desafio” em uma forma de integração entre os participantes.
A operação continua em andamento, com o objetivo de identificar outros membros do grupo e desmantelar completamente a rede criminosa que operava de forma encoberta no ambiente virtual.
Foto: REUTERS/Ricardo Moraes