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Nesta quarta-feira (10), policiais civis de diversos estados brasileiros foram mobilizados em uma operação para prender mais de 30 suspeitos de integrarem grupos especializados em fraudes bancárias.
A investigação, que teve início na Delegacia de Ascurra após denúncias de moradores, revelou que as três organizações criminosas identificadas movimentaram pelo menos R$ 90 milhões nos últimos 10 anos. Outro braço da operação se estendeu para Turvo, no Sul do estado.
A operação, conduzida pelo Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) e Polícia Civil, ganhou o nome de mão fantasma. No total, os suspeitos teriam praticado 255 furtos e estelionatos. Como os golpes eram realizados por telefone, existem vítimas em todo o país.
As investigações começaram em Santa Catarina no final de 2022, após clientes de bancos em Ascurra relatarem o sumiço de quantias de suas contas após contatos telefônicos com falsas centrais de atendimento de instituições financeiras. Os golpistas usavam aplicativos de gerenciamento remoto para controlar os celulares das vítimas e transferir os valores sem que elas percebessem.
Durante as diligências da Polícia Civil, foram identificados os suspeitos de coordenar as falsas centrais de atendimento e os responsáveis por obter bases de dados de possíveis vítimas, disparar SMS falsos e criar contas em nome de “laranjas” para receber os valores obtidos nos golpes. Estima-se que os criminosos tenham roubar R$ 5 milhões só no estado de Santa Catarina.
Em Turvo, uma idosa de 70 anos perdeu R$ 86,55 mil após ser enganada por golpistas que se passavam por funcionários de uma instituição financeira, após fazer diversas transferências.
Até o momento, os policiais ainda cumprem os 32 mandados de prisão preventiva e 55 de busca e apreensão expedidos pela Justiça da região do Vale do Itajaí, além dos dois mandados de prisão e 18 de busca autorizados pelo Judiciário de Turvo. As ordens estão sendo cumpridas em Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba e Ceará.
A Justiça autorizou o bloqueio de bens, valores e criptoativos de 44 pessoas físicas e jurídicas, além da apreensão e registro de indisponibilidade e restrição de transferência de veículos de luxo. O objetivo é reunir bens suficientes para iniciar processos de ressarcimento às vítimas dos prejuízos causados pelas fraudes.
Imagens divulgadas pela PCSC