O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina é uma corporação reconhecida internacionalmente e tem se destacado nas ações de Busca e Salvamento de Vítimas. O trabalho ficou muito conhecido, também, após as operações nas enchentes do Rio Grande do Sul.
O binômio, como é chamado, é uma dupla formada por um bombeiro militar e um cão de busca. A performance deles é essencial em situações extremas e para isso é preciso muito treinamento, como o realizado pelo Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), nesta semana em Florianópolis.
O treinamento conjunto foi realizado por quatro binômios, o cabo Thiago Evandro Amorim e a cadela Moana; o cabo Jean Renato Vieira e a cadela Ilha; o cabo Genivan Kull e o cão Nick, além do sargento Willian Valdeley Marques e do cão Marley.
Desde filhotes, os cães são treinados para desenvolver suas habilidades naturais de busca e estímulos olfativos, por isso a formação do binômio requer dedicação intensa. A seleção começa desde cedo! Aqueles filhotes que demonstram maior aptidão, como proatividade ao buscar alimentos, são os escolhidos para continuar o treinamento. A iniciação precoce é fundamental para a eficiência dos cães nas operações de busca.
Durante o treinamento, os cães aprendem a encontrar vítimas de forma lúdica, como se fosse uma brincadeira, e recebem uma recompensa ao final. Essa é uma forma de manter o cão engajado com as atividades. Os binômios não utilizam peças de roupas ou objetos pessoais das vítimas para treinamento, focando em ensinar o cão a buscar qualquer ser humano, vivo ou não, na área designada.
Após cerca de oito anos de serviço em busca e salvamento, os cães se aposentam e podem participar de atividades como a cinoterapia. Nesse programa, eles visitam hospitais, creches e asilos, proporcionando conforto e alegria a pacientes e idosos, mostrando que o trabalho deles vai além das operações de busca.
Imagens: Leo Munhoz / SECOM