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Santa Catarina precisa vacinar 168,6 mil crianças contra a Poliomielite até o fim da campanha

Santa Catarina precisa vacinar 168,6 mil crianças contra a Poliomielite até o dia 30 de setembro, fim da Campanha Nacional de Multivacinação. Segundo o Ministério da Saúde, é preciso atingir a meta de 95% do público. Para isso o Estado terá que imunizar, em média, 9 mil crianças por dia.

Segundo a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), 222.377 doses foram aplicadas em crianças de um a quatro anos. O dado representa 56,87% de cobertura vacinal.

Apesar do número, Santa Catarina segue como um dos estados com maior cobertura vacinal do país. Está atrás de Alagoas (62,8%) e Paraíba (61,1%).

Em Santa Catarina, apenas 104 municípios (35,3%) já alcançaram a meta de vacinação, mas os outros 191 ainda estão com as coberturas abaixo do recomendado.

De acordo com a médica infectologista e Diretora Geral do Hospital Nereu Ramos, Renata Zomer de A. Muniz, o vírus causador da poliomielite, antes extinto, pode retornar. A profissional lembra que a doença foi erradicada no Brasil em 1994, mas que, diante das baixas taxas de vacinação, os resultados podem ser assustadores.

Para que a doença não volte a afetar a população, a profissional ressalta a importância da vacinação contra Poliomielite, que hoje está disponível em todo o Estado. As vacinas são ofertadas principalmente nas Unidades Básicas de Saúde, os postinhos, dependendo da demanda de cada município. Segundo Muniz, no Brasil existem dois tipos de vacinas contra a Poliomielite, ambas oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). As vacinas são as chamadas “inativada” e a “atenuada”.

“A vacina inativada deve ser aplicada nos bebês aos dois, quatro e seis meses de idade. Já o reforço da proteção contra a doença é feito com a vacina atenuada, aquela em gotas por via oral, nas campanhas de vacinação até os cinco anos”, explica.

Segundo a SES (Secretaria do Estado da Saúde), a indicação é vacinar, de forma indiscriminada, crianças de 1 ano a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) com a VOP (Vacina Oral Poliomielite), desde que já tenham recebido as três doses da VIP (Vacina Inativada Poliomielite) do esquema básico. Para crianças menores de um ano, a vacinação deve ser feita conforme a situação vacinal encontrada para o esquema primário, 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses e 3ª dose aos 6 meses, com a vacina VIP. O público estimado é de 488.948 crianças na faixa etária de 0 a 4 anos.

Vírus se espalha rápido

A infectologista alerta que o vírus da poliomielite é contagioso e se espalha muito rápido.

“Enquanto houver países com pólio sempre haverá uma chance de retorno da doença. Sem vacinação o vírus volta a circular”, reforça.

Sintomas irreversíveis

A médica esclarece que o vírus da poliomielite pode provocar desde sintomas como os de um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de cinco anos.

Fonte – NDMAIS

 

 



13/09/2022 – Cultura FM

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