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Redação Cultura FM | Julian Vilvert
Em reunião realizada na última sexta-feira (25), representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Timbó, do Hospital e Maternidade OASE, vereadores da cidade e o gerente regional de Saúde de Santa Catarina, debateram as mudanças no atendimento de saúde no município. O encontro, realizado na Câmara de Vereadores, buscou esclarecer o novo fluxo de atendimentos que entrará em funcionamento a partir de 1º de maio.
O principal objetivo foi definir a divisão de funções entre o novo Pronto Atendimento Municipal (PA), que funcionará na Policlínica de Timbó, e o Hospital OASE. Também foram abordadas dúvidas sobre a manutenção dos serviços hospitalares, especialmente no que diz respeito à maternidade.
Fluxo de atendimento
Conforme acordado, a Policlínica de Timbó ficará responsável pelo atendimento de baixa e média complexidade. Casos de alta complexidade serão direcionados ao SISREG da Secretaria e de Estado da Saúde e encaminhados a hospitais de referência, conforme regulação feita pelo SAMU ou Corpo de Bombeiros.
A orientação para a população será a seguinte:
1. Pacientes que buscarem atendimento por meios próprios deverão procurar a Policlínica Municipal;
2. Casos socorridos por SAMU ou Bombeiros serão avaliados e direcionados conforme a gravidade e o protocolo de regulação;
3. O Hospital OASE continuará a prestar os serviços contratualizados com o Estado, que incluem atendimento de urgência e emergência, dentro do programa “Porta Aberta” com internações clínicas e cirurgias eletivas de alta complexidade em ortopedia, além do funcionamento das UTIs geral, pediátrica e neonatal.
Entretanto, o hospital não possui contratualização específica para atendimento de cardiologia e neurologia de alta complexidade. Casos nessas especialidades serão estabilizados e regulados para hospitais de referência regional.
Maternidade
A situação da maternidade permanece indefinida. De acordo com o gerente regional de Saúde, Adriano, a responsabilidade pela manutenção do serviço é do município de Timbó, uma vez que não há contratualização estadual com o Hospital OASE para essa finalidade. Atualmente, os partos são realizados com base em um convênio temporário, sustentado por um incentivo financeiro de R$ 30 mil mensais repassado pelo Estado — convênio este que está sendo encerrado.
Durante a reunião, foi informado que a Secretaria de Saúde de Timbó está realizando um levantamento de custos para avaliar a viabilidade da manutenção do serviço no município e que uma decisão sobre o futuro da maternidade seria tomada até terça-feira (29).
Entre as possibilidades estudadas estão:
1. Manter a maternidade em Timbó, com apoio financeiro próprio ou compartilhado com municípios vizinhos (Rio dos Cedros, Rodeio, Benedito Novo e Doutor Pedrinho);
2. Encaminhar as gestantes para atendimento em hospitais de outros municípios.
Independentemente da decisão, foi assegurado que as gestantes de Timbó terão atendimento garantido a partir de 1º de maio.
Impacto no atendimento emergencial
Também foi discutida a necessidade de ajustes nos protocolos de atendimento em caso de emergências simultâneas, especialmente envolvendo múltiplas vítimas. Segundo o gerente regional de saúde do estado, já existem mecanismos para redistribuir pacientes entre hospitais conforme a capacidade instalada e a gravidade dos casos.
Comunicação com a população
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Timbó está elaborando materiais informativos para orientar a população sobre o novo fluxo de atendimentos. Contudo, a divulgação só será feita após a definição sobre a maternidade.
Rede Alyne
Também foi mencionado que o Hospital OASE se candidatou para integrar a Rede Alyne, novo programa federal que substituirá a Rede Cegonha e oferecerá maior financiamento para a estruturação de maternidades. A adesão à rede, no entanto, depende de aprovação estadual e federal e não terá efeito imediato sobre o atual cenário.
Foto: Prefeitura de Timbó / Arquivo Cultura FM