MENU

Redação Cultura FM | Julian Vilvert
O primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial do Brasil foi confirmado na última quinta-feira (15), em Montenegro (RS). A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e resultou na decretação de estado de emergência zoossanitária por 60 dias.
Embora o consumo de carne de frango e ovos não represente risco à saúde humana, a detecção do vírus H5N1 resultou na suspensão das exportações de produtos aviários do Rio Grande do Sul por mais de 20 países, incluindo China, União Europeia, Japão e México.
Como precaução, uma granja do Paraná foi orientada a destruir mais de 10 milhões de ovos férteis oriundos da granja infectada. Medidas semelhantes foram adotadas por granjas de Minas Gerais e do próprio Rio Grande do Sul.
Santa Catarina, segundo maior exportador de frango do país, também recebeu remessas e emitiu alerta máximo para todo o setor avícola, intensificando a fiscalização em propriedades e divisas com o Rio Grande do Sul. A Cidasc ativou protocolos de notificação imediata em caso de mortalidade anormal ou sintomas respiratórios e neurológicos em aves.
Impactos no mercado interno
Com a queda nas exportações, especialistas estimam que poderá haver redução nos preços da carne de frango e dos ovos no mercado nacional. No entanto, se houver necessidade de novos abates, o cenário pode se inverter, resultando em escassez e aumento de preços.
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) é monitorada no Brasil desde 2006, mas essa é a primeira vez que o vírus atinge uma granja comercial. O risco de infecção em humanos segue considerado baixo, sendo mais comum entre tratadores com contato direto com aves doentes.
Foto: divulgação SAR