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Gabriel Bortoleto pontua na Fórmula 1 e reacende a chama brasileira no automobilismo mundial.

Oito anos. Esse foi o tempo de espera desde que um brasileiro cruzou a linha de chegada da Fórmula 1 com pontos somados na classificação mundial. Desde Felipe Massa, em Abu Dhabi, 2017, o país que já foi berço de Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi viveu o silêncio dos pódios, das bandeiras e do hino nas pistas. Mas, neste domingo (29), na Áustria, Gabriel Bortoleto fez história: terminou o Grande Prêmio em oitavo lugar e conquistou seus primeiros pontos na elite do automobilismo.

A façanha não apenas quebra uma seca incômoda para o Brasil, mas carrega um simbolismo maior: o surgimento de uma nova esperança. Aos 20 anos, Bortoleto ainda é um estreante na categoria, mas mostra traços de maturidade, frieza e talento que despertam o imaginário de um país apaixonado por velocidade.

O oitavo lugar no Grande Prêmio da Áustria, teve gosto de pódio. Não só pelo desempenho consistente, mas pela forma como foi construído: com ultrapassagens precisas, ritmo de corrida sólido e controle emocional diante da pressão. E, acima de tudo, por representar o retorno de um país que já foi potência nas pistas.

Para os torcedores brasileiros, a pontuação de Bortoleto vai além da matemática da tabela. Ela reacende memórias, provoca arrepio e remonta ao tempo em que o domingo era sagrado, com a voz de Galvão Bueno, a lágrima de Senna e o capacete amarelo dominando o mundo.

O próprio piloto, nas entrevistas pós-corrida, reconheceu o significado do momento: “Estou muito feliz por representar o Brasil. Sei da responsabilidade que isso carrega e vou seguir trabalhando para evoluir. Isso é só o começo.”

A trajetória de Gabriel até aqui não é obra do acaso. Campeão da Fórmula 3 em 2023, ele chegou à F1 cercado de expectativas e, aos poucos, vem construindo sua identidade na categoria. Os primeiros pontos chegaram cedo, e, para muitos, mais cedo do que o previsto. Mas não por sorte: por competência.

Ao vestir o macacão com a bandeira brasileira, Bortoleto também veste um legado. O de Massa, de Barrichello, de Piquet e, sobretudo, de Senna. Ele sabe que não carrega apenas o próprio nome, carrega a esperança de milhões.

Neste domingo, a Fórmula 1 deixou de ser um território alheio para os brasileiros. Voltamos a existir no grid, nas câmeras, na história que se escreve a 300 km/h. Gabriel Bortoleto, com seus primeiros pontos, nos lembrou que o Brasil ainda vive, e vibra nas pistas do mundo.

Foto: Fórmula 1

Redação Cultura FM / Hudson Alves




30/06/2025 – Cultura FM

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