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O Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a oferecer dois novos tratamentos hormonais para mulheres com endometriose: o DIU com levonorgestrel (DIU-LNG) e o anticoncepcional oral à base de desogestrel. A medida foi oficializada por meio de portarias publicadas em maio e tem até 180 dias para ser implementada em toda a rede pública, ou seja, até o final de novembro deste ano. Essa inclusão representa um avanço no cuidado com a saúde reprodutiva feminina, sobretudo para quem apresenta contraindicação ao uso de pílulas combinadas (com estrogênio e progesterona).
O DIU-LNG, já bastante usado na rede privada, atua diretamente no útero, reduzindo o espessamento do endométrio e controlando sangramentos. Já o desogestrel é um anticoncepcional de uso contínuo, eficaz em suprimir a ovulação e aliviar sintomas da endometriose, como cólicas intensas e dor pélvica crônica. A doença atinge de 5% a 15% das mulheres em idade fértil no Brasil e, além do desconforto físico, pode levar à infertilidade em casos mais graves.
Os novos medicamentos se somam a outras estratégias terapêuticas já ofertadas, como cirurgia e fisioterapia pélvica, e deverão melhorar a qualidade de vida de milhares de brasileiras. A incorporação dessas opções também reduz desigualdades no acesso a tratamentos eficazes, já que boa parte das pacientes dependem exclusivamente do SUS para cuidar da saúde. A expectativa é que os novos protocolos aliviem os sintomas precocemente e evitem que a doença avance para estágios mais graves.
Redação Cultura FM | Veronica Moser Ewald
Foto: Thomaz Silva/ Agência Brasil