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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou o Plano de Operação Energética 2025-2029 e voltou a levantar a possibilidade de retorno do horário de verão. Segundo o relatório, o Brasil enfrenta um risco crescente de déficit de potência — ou seja, a dificuldade de gerar energia suficiente para atender à demanda nos horários de pico, principalmente entre 18h e 21h. O aumento do consumo, impulsionado pelo crescimento econômico e pelo uso intensivo de ar-condicionado, pressiona ainda mais o sistema.
O retorno do horário de verão, extinto em 2019, é considerado pelo ONS uma medida emergencial que poderia reduzir o consumo em até 2 gigawatts nos momentos críticos do dia. Esse alívio ajudaria a evitar o acionamento de usinas térmicas, que são mais caras e poluentes. O estudo será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia, que deverá avaliar o cenário e decidir se a mudança será aplicada ainda este ano.
A possível retomada exigiria um aviso prévio de pelo menos três meses, o que significa que, se aprovada, a medida poderia começar a valer entre outubro e novembro de 2025. A última vez que o horário de verão foi adotado no Brasil foi em 2018. Especialistas destacam que, além da economia de energia, a mudança teria impacto no comportamento da população e nos serviços públicos, exigindo uma comunicação clara e ampla por parte do governo.
Redação Cultura FM | Veronica Moser Ewald
Foto: Tiago Queiroz/Estadão/Estadão