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Ministério da Agricultura confirma presença de substância tóxica em produto de empresa investigada; caso está na Justiça.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou neste domingo (13) que 245 cavalos morreram nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas após consumirem ração contaminada com uma substância tóxica chamada monocrotalina, presente em plantas do gênero crotalaria. Trata-se de um caso inédito no Brasil, segundo o próprio Mapa.
A ração contaminada foi produzida pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda, e a investigação conduzida pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) identificou a presença de alcaloides pirrolizidínicos, proibidos por lei mesmo em pequenas quantidades. “Eles causam danos neurológicos e hepáticos severos”, informou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.
A contaminação ocorreu por falha no controle da matéria-prima, que continha resíduos de plantas tóxicas. O Mapa já instaurou processo administrativo, lavrou auto de infração e determinou a suspensão cautelar da fabricação e venda das rações, decisão que depois foi estendida para produtos de outras espécies animais.
Apesar da proibição, a empresa obteve autorização judicial para continuar fabricando parte dos produtos não destinados a equinos. O Mapa recorreu da decisão e apresentou novas evidências técnicas para tentar manter a interdição.
A empresa Nutratta, em nota oficial, afirmou que recolheu todos os lotes de ração para cavalos fabricados a partir de novembro de 2024 e que está conduzindo investigações internas. “Nos solidarizamos com todos os criadores impactados”, declarou a nota.
O Ministério reforça que as ações de fiscalização continuam intensificadas para garantir a retirada de todos os lotes contaminados e evitar novos casos.
Redação Cultura FM | Julian Vilvert
Foto ilustrativa / internet