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COP30 começa em Belém com foco em financiamento, transição energética e adaptação climática

Conferência reúne 194 países na Amazônia e busca definir medidas concretas para enfrentar o aquecimento global

A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, teve início nesta segunda-feira (10) em Belém (PA), reunindo delegações de 194 países e mais de 50 mil participantes entre cientistas, autoridades, representantes de governos e movimentos sociais. Realizada pela primeira vez na Amazônia — bioma essencial para o equilíbrio climático global —, a conferência discute medidas de adaptação aos efeitos da crise climática, financiamento internacional para países em desenvolvimento e estratégias de transição energética para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o evento como “a COP da verdade”, reforçando a urgência de ações concretas e compromissos financeiros globais.

Adaptação e transição justa são prioridades

Entre os principais temas debatidos estão a adaptação climática, que envolve o preparo das cidades para lidar com desastres naturais cada vez mais intensos, e a transição justa, que busca garantir empregos e inclusão social na migração para uma economia de baixo carbono. Também será discutida a implementação do Balanço Global do Acordo de Paris, que avalia o cumprimento das metas de redução de emissões. Apesar da importância do tema, especialistas apontam desafios: menos de 80 países atualizaram suas metas climáticas (NDCs) desde o Acordo de Paris, o que representa apenas 64% das emissões globais.

Outro ponto crítico é o financiamento climático — considerado o principal impasse da conferência. Países desenvolvidos prometeram investir US$ 1,3 trilhão por ano para apoiar nações em desenvolvimento na transição para energias limpas, mas grande parte desses recursos ainda não foi efetivamente liberada. O Brasil apresentou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que prevê mais de US$ 5,5 bilhões em investimentos para conservação e proteção das florestas, destinando 20% às comunidades indígenas e tradicionais. Além das negociações oficiais, a COP30 também se destaca pela forte presença da sociedade civil, que ocupa a chamada “Zona Verde” de Belém com debates, feiras e manifestações em defesa da justiça climática e dos povos da floresta.

Redação | Veronica Moser Ewald

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil




10/11/2025 – Cultura FM

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