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O comércio brasileiro deve movimentar R$ 5,4 bilhões durante a Black Friday deste ano, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O valor representa um aumento real de 2,4% em relação a 2024, consolidando o evento como a quinta data mais importante do varejo nacional — atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. Hiper e supermercados devem liderar as vendas, seguidos por eletroeletrônicos, móveis e setor de vestuário. A CNC atribui o desempenho à queda da inflação, ao dólar mais baixo e à melhora no mercado de trabalho, que registra a menor taxa de desemprego desde 2002.
Ainda assim, fatores como juros elevados, alto nível de famílias endividadas e a concorrência de sites estrangeiros devem limitar uma expansão maior nas vendas. Hoje, a taxa média de juros para crédito ao consumidor ultrapassa 58% ao ano, enquanto 30,5% dos lares possuem contas atrasadas, segundo levantamento da CNC. Mesmo assim, o levantamento mostra que 70% das categorias monitoradas apresentam forte tendência de queda nos preços, com destaque para papelaria, livros, joias, perfumaria e utilidades domésticas.
Com a aproximação da data, especialistas alertam para o aumento de golpes e falsos descontos. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) reforça que, apesar do avanço da tecnologia, consumidores seguem vulneráveis — inclusive diante de fraudes que utilizam inteligência artificial, como vídeos falsos com celebridades e atendimentos automatizados que simulam pessoas reais. Uma pesquisa recente mostra que 63% dos consumidores não conseguem identificar conteúdos gerados por IA usados em golpes.
Desconfie de ofertas irreais: monitore preços e compare antes de comprar.
Cheque a reputação da loja: especialmente em sites desconhecidos.
Verifique política de entrega e reembolso: antes de finalizar o pedido.
Compre apenas em páginas seguras: procure por “https” e o cadeado no navegador.
Aproveite o direito de arrependimento: compras online podem ser devolvidas em até 7 dias.
Em caso de fraude: denuncie em consumidor.gov.br ou no Procon.
Atenção a golpes com IA: observe vozes artificiais, imagens distorcidas, contas novas e mensagens suspeitas.
Redação | Veronica Moser Ewald
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil