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A manhã deste sábado (22) começou com um movimento incomum no condomínio do Jardim Botânico, em Brasília. Viaturas descaracterizadas da Polícia Federal entraram discretamente no local por volta do amanhecer e deixaram a vizinhança em alerta. Minutos depois, confirmava-se o que já circulava entre fontes da PF: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia sido preso.
Segundo nota oficial da Polícia Federal, a corporação cumpriu um mandado de prisão preventiva solicitado pela própria PF e autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O documento não detalha o teor da decisão, mas reforça que a operação foi realizada dentro dos parâmetros legais.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF e desembarcou no local por volta das 06h35, onde segue sob custódia. Na sequência, foi encaminhado ao Instituto Nacional de Criminalística (INC) para realização do exame de corpo de delito, procedimento padrão em casos de prisão.
Fontes da PF, ouvidas pela CNN, afirmam que o pedido de prisão preventiva teria sido motivado por uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, em frente ao condomínio da família. A avaliação interna é de que o ato poderia estimular tumulto ou interferir em investigações em andamento. A medida, segundo essas fontes, não tem relação direta com a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Trata-se de uma decisão cautelar tomada diante de um novo contexto.
No momento da detenção, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não estava em casa.
A prisão do ex-presidente reacende tensões políticas e deve movimentar o cenário nacional ao longo do dia, com expectativa de manifestações, pronunciamentos e repercussões no Congresso.
Redação Cultura | Deive Leoni
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo