Novo sistema rastreia o caminho do dinheiro e aumenta a chance de reembolso às vítimas.

O Banco Central implementou um novo Mecanismo Especial de Devolução (MED) para reforçar a segurança do Pix e facilitar a recuperação de valores desviados em golpes. A ferramenta passa a rastrear todas as contas por onde o dinheiro fraudado circulou, e não apenas a conta inicial do golpista — o que historicamente impedia muitos reembolsos, já que criminosos transferiam rapidamente o valor para outras contas. Agora, os bancos poderão identificar essas movimentações e devolver o dinheiro à vítima em até 11 dias após a contestação. A ferramenta é opcional até 2 de fevereiro de 2026, quando se tornará obrigatória.

Como a mudança ajuda o usuário

Com o novo sistema, aumenta a chance de recuperar valores, desestimula golpes e melhora a identificação de contas usadas para fraudes. Segundo o Banco Central, o compartilhamento de informações entre instituições financeiras deve impedir que contas usadas por criminosos continuem ativas para novos golpes. A medida se soma ao autoatendimento, disponível desde 1º de outubro, que permite contestar uma transação diretamente no aplicativo do banco, sem precisar falar com atendentes — o que acelera o processo e aumenta a chance de que o dinheiro ainda esteja disponível para bloqueio.

O Pix, que completou cinco anos em novembro, segue como o meio de pagamento mais usado do país. A nova funcionalidade chega para manter o sistema seguro e confiável, reforçando uma das maiores vantagens do Pix: rapidez com proteção reforçada, garantindo que usuários possam continuar utilizando a ferramenta com mais tranquilidade, mesmo diante do aumento dos golpes digitais.

Redação | Veronica Moser Ewald

Foto: Reprodução

24/11/2025 – Cultura FM