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Número de pessoas em situação de extrema pobreza também caiu, chegando ao menor patamar da série histórica
O Brasil registrou em 2024 o melhor resultado social desde 2012, segundo a Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE. Mais de 8,6 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza no período, reduzindo a proporção de pessoas nessa condição de 27,3% para 23,1%. Ao todo, 48,9 milhões de pessoas viviam com menos de US$ 6,85 por dia — parâmetro internacional que define pobreza — uma queda significativa em comparação aos 57,6 milhões registrados no ano anterior.
Extrema pobreza atinge menor índice da série
A redução também alcançou a extrema pobreza, que engloba quem vive com menos de US$ 2,15 por dia. Esse contingente caiu de 9,3 milhões para 7,4 milhões de pessoas, o que representa recuo de 4,4% para 3,5% da população — o menor valor em 13 anos. Segundo o IBGE, a melhora é resultado da combinação entre a retomada do mercado de trabalho e o impacto dos programas de transferência de renda.
Mesmo com o avanço nacional, o estudo reforça que persistem desigualdades regionais e raciais: Norte e Nordeste continuam com índices acima da média, e a pobreza é mais frequente entre a população preta e parda. Ainda assim, o país registrou em 2024 o menor Índice de Gini, indicador que mede a desigualdade de renda, desde o início da série em 2012, sinalizando avanço na distribuição de renda.
Redação | Veronica Moser Ewald
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil