A Polícia Federal de Santa Catarina deflagrou na manhã desta terça-feira a operação Technikós, com o objetivo de desarticular uma organização que praticava fraudes por meio de pirâmide financeira e outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Há estimativa de que mais de 400 pessoas foram lesadas, em valores que podem ultrapassar os R$ 30 milhões.
Houve o cumprimento de nove mandados judiciais de busca e apreensão nos municípios catarinenses de Rio do Sul, Itapema, Porto Belo e Videira, além das cidades paulistas de Paulínia e Osasco. A ação resultou ainda no bloqueio e sequestro de veículos e de bens, direitos e valores mantidos em instituições financeiras e em corretoras de criptomoedas. Carros, documentos, jóias, telefones celulares e relógios foram apreendidos. Os passaportes dos dois principais investigados também foram recolhidos. Uma pessoa foi presa por posse ilegal de arma de fogo ao ser flagrada com duas pistolas.
A investigação recai sobre um conglomerado de 15 empresas e que atuou entre os anos de 2017 e 2020, sediado em Santa Catarina e São Paulo. Clientes eram captados para supostos investimentos em criptoativos e outros negócios, sendo prometidos lucros acima dos existentes no mercado. No entanto, a organização operava na forma de pirâmide financeira, mediante a negociação de valores mobiliários sem a devida autorização do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários.
De acordo com a Polícia Federal, até o momento 11 pessoas foram indiciadas pela prática dos crimes de integrar organização criminosa, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, fazer operar instituição financeira sem a devida autorização, emitir, oferecer e negociar valores mobiliários sem registro prévio de emissão junto à autoridade competente, além de estelionato e de lavagem de dinheiro.
Foto – PF